Max Payne 3

Depois de vários anos fora dos holofotes, um dos maiores policiais do videogame está de volta. Max Payne retorna aos tiroteios em câmera lenta em seu terceiro jogo, que agora se aproveita da fama adquirida com o recente longa-metragem hollywoodiano estrelado pelo astro Mark Walhberg. Payne, no entanto, já não é mais o mesmo.

O dramático herói aparece mais velho e calejado neste "Max Payne 3". Com visual mais largado, careca e barbudo, o ex-policial aparece doze anos mais velho. Longe de Nova York, agora trabalha como consultor de segurança na cidade de São Paulo e tenta esquecer seu passado trágico. Mas as coisas novamente saem de seu controle quando um atentado coloca em risco uma família que está sob sua proteção. A ira de Max Payne volta à tona.

Tiroteios incessantes com pontuais momentos de câmera lenta, humor ácido e uma trama cheia de reviravoltas são partes fundamentais deste terceiro game, que não foi feito pela equipe original dos games anteriores. A Remedy Games esteve ocupada na produção de "Alan Wake" e a Rockstar resolveu passar o bastão para seu estúdio Rockstar Vancouver, o mesmo de "Bully".

Para tornar a experiência mais envolvente, parte da equipe de criação foi até a capital paulista para filmar e fotografar possíveis cenários para a aventura. Entre outras surpresas se encontram o efeito bullet-cam, que mostra o ponto de vista das balas nos tiros de misericórdia de Payne, e um novo modo multiplayer online.

Grand Theft Auto: Chinatown Wars (PSP)

"Grand Theft Auto: Chinatown Wars" foi lançado em março para o DS, portátil da Nintendo. Desenvolvido para aproveitar as possibilidades específicas da plataforma, como a tela sensível ao toque, o jogo trouxe de volta a visão aérea, típica dos primeiros games da franquia da Rockstar Games. Produzido pelo estúdio Rockstar Leeds, o game foi muito bem recebido por público e crítica.
Agora, "Chinatown Wars" ganha uma versão para PSP, plataforma portátil da Sony. Trata-se do mesmo jogo lançado para o DS, adaptado para o formato de tela maior do PSP e algumas missões exclusivas.

De um portátil para o outro

Em "Chinatown Wars" o jogador assume o controle de Huang Lee, recém-chegado a Liberty City após a morte de seu pai, notório mafioso chinês. Huang logo se torna um capanga do próprio tio, chefão da máfia chinesa na cidade, e se envolve com outros malandros típicos do submundo criado pela Rockstar, realizando missões que envolvem todo tipo de contravenção, como roubo de carros, assassinatos, extorsão e corridas ilegais.
A maior diferença entre a versão para PSP e o game original está na execução dos minigames que compõem boa parte da mecânica de jogo de "Chinatown Wars". Ao roubar um carro, por exemplo, tem início um minigame para desativar o alarme e fazer a ligação direta. No DS, tudo era feito pela tela de toque, já no PSP, o jogador deve utilizar os botões e o direcional. O novo sistema funciona, mas nem sempre é confortável, dada a disposição dos botões no PSP.

Os gráficos apresentam uma leve melhora em relação ao original. A iluminação e efeitos visuais como explosões e fumaça, assim como algumas texturas do cenário são muito bem feitos, mas de uma forma geral, o visual é idêntico ao do portátil da Nintendo, não exigindo muito do poderio gráfico do PSP. A trilha sonora, em compensação, é bem melhor nesta nova versão de "Chinatown Wars".

Minigames de contravenção

Como de costume nos jogos da série GTA, há várias atividades paralelas. Dirigir táxis, socorrer feridos com ambulâncias, perder dinheiro com "raspadinhas" ou encontrar as rampas de salto e as câmeras de vigilância escondidas pela cidade são parte da experiência, mas o grande destaque aqui é o tráfico de drogas. Além de fonte de enriquecimento rápido, é a parte mais divertida do jogo. Para se dar bem não adianta ter um estoque de entorpecentes, mas ficar de olho em quem está vendendo e quem está comprando cada tipo de droga e assim, intermediar a operação, que pode ser uma negociação tranqüila ou uma emboscada da polícia.
No PSP, "Chinatown Wars" conta com algumas melhorias, como a possibilidade de retornar direto para o começo da missão em caso de falha e de, ao recomeçar a tarefa, pular parte do trajeto que já tenha sido feito até a ação propriamente dita. São técnicas vindas de "GTA IV" e que tornam o jogo mais ágil, o que é especialmente útil em uma plataforma portátil.
Dirigir pela cidade também é melhor no PSP, graças à tela mais larga. O uso do GPS, porém, pode incomodar algumas pessoas, já que é preciso ficar de olho na pista e no mini-mapa. Há uma opção para que o traçado do GPS apareça nas ruas, o que facilita a movimentação.
As missões exclusivas dessa versão introduzem a repórter Melanie Mallard, que acompanha Huang em suas atividades ilícitas, gravando tudo para tornar-se uma repórter famosa. A melhor parte é a missão "Half Cut" em que uma droga experimental vendida por Huang transforma os usuários em zumbis viciados, que perseguem a dupla pela cidade.
Também há seis modalidades multiplayer. Infelzmente, as partidas só podem ser realizadas em multiplayer local, via conexão ad hoc. É possível competir em corridas com os amigos, disputar quem chega primeiro até uma valise de contrabando e um divertido modo cooperativo chamado "Defend the Base", em que o jogador e um amigo devem proteger uma área dos ataques inimigos em até oito cenários diferentes.

Grand Theft Auto IV: The Ballad of Gay Tony

Depois do sucesso de "The Lost and the Damned", a Rockstar finalmente coloca no mercado "The Ballad of Gay Tony", segundo pacote de expansão exclusivo para Xbox 360 do popularíssimo "Grand Theft Auto IV". Assim como o primeiro, esta nova campanha pode ser comprada através do Xbox Live Marketplace e requer o disco do game original para funcionar.
A fim de dar uma força para aqueles que não tem acesso à Live, foi colocado no mercado também um DVD chamado "Grand Theft Auto: Episodes from Liberty City", que inclui as duas expansões com funcionamento autônomo, sem a necessidade do jogo básico para rodar.

Liberty City com glamour

A nova aventura adicional de "GTA IV" coloca um holofote sobre Luis Fernando Lopez, bandido dominicano que serve como braço direito de Anthony "Gay Tony" Prince, o dono da noite de Liberty City. Como é de se esperar, a vida de Luis não é nada fácil. Graças ao comportamento destrutivo do patrão decadente, sempre afundado nas drogas e em um relacionamento conturbado com o namorado, o protagonista deve encarar a mafiosos e outras figuras sombrias da cidade. Nas horas livres é preciso, ainda, resolver problemas financeiros da mãe, se esquivar de velhos amigos traficantes e, quando houver tempo, cumprir missões extras pouco usuais.

Como sempre, o estilo cinematográfico da série impressiona pela riqueza de desenvolvimento. Assim como nos anteriores, ninguém é santo na história, mas os personagens aqui são mais carismáticos e divertidos do que os da expansão anterior, o que torna o clima mais leve e de acordo com episódios anteriores da franquia.

Como de costume, todas as figuras são agraciadas com ótimas performances vocais e diálogos espertos, além de designs extravagantes, ajudadas por referências ao mundo pop e a eventos das outras campanhas - com direito a aparições de sujeitos ilustres do universo de "GTA IV", como Niko e Johnny.

Com o roteiro sólido, a Rockstar já fez grande parte do serviço, mas isto não quer dizer que a empresa se acomodou. Há muitas passagens inusitadas e adições mecânicas que tornam "The Ballad of Gay Tony" essencial para os fãs da série. Na aventura dá para encontrar, por exemplo, partidas de golfe bastante violentas, números de dança, uma espécie de versão de "Clube da Luta" bem completa e até mesmo a prática de BASE jumping, o salto de paraquedas de pontos fixos como prédios e pontes.

No meio das maluquices, claro, ainda há espaço para grandiosas sequências de ação que não ficam a dever nada para grandes filmes de Hollywood, especialmente o trecho do assalto aos vagões do metrô. O melhor é que se algo não rolar do jeito desejado, é possível reiniciar a missão depois para fazer da maneira certa.

No aspecto técnico, "The Ballad of Gay Tony" não apresenta grandes novidades. Na prática ainda é o bom e já não tão novo "GTA IV", que se não faz os olhos brilharem em um primeiro momento, ainda impressiona pela riqueza de detalhes. Nenhuma rua parece repetida, com letreiros luminosos, pontes e desvios diferentes a cada esquina, em uma sensação de realidade bastante diferenciada da concorrência. As boates, bares e outros cenários importantes da história receberam capricho maior, com a presença de muitos personagens e itens de cena.

Fonte: Uol

South Park: Let's Go Tower Defense Play (XBox 360)

"South Park" já não é tão quente quanto há alguns anos, mas ainda mantém uma massa de fãs fiéis que não perdem nenhum episódio da animação ou seus produtos derivados.

Este "South Park: Let's Go Tower Defense Play!" parece perfeito para este tipo de admirador, especialmente o que não tem hábito de jogar videogame, já que utiliza uma mecânica simples e custa pouco, na média de outros títulos vendidos pelo Xbox Live Marketplace via download.

Como o nome indica, o jogo é uma variação do estilo conhecido como Tower Defense, muito popular em webgames de navegador. A idéia é posicionar várias unidades por um mapa e aguardar o avanço de ondas de inimigos para conferir se suas forças são capazes de deter o ataque.

Fidelidade e simplicidade

"Let's Go Tower Defense Play!" segue esta idéia fielmente, com poucos ajustes. Um a quatro jogadores podem controlar Stan, Cartman e turma para evitar o avanço de forças do mal como vacas e caranguejos. A diferença é que a ação é bem mais rápida do que o normal para o gênero, sem pausas durante os combates e a possibilidade de construir coisas no meio de um ataque, o que torna a ação bem mais tensa e interessante.

O segredo do sucesso é saber economizar e construir as estruturas necessárias para se dar bem. Você deve criar muros, por exemplo, para desviar os inimigos a armadilhas laser ou algo no estilo, enquanto controla seu herói e atira bolas de neve. Se você jogar sozinho tem ainda mais trabalho, pois deve alternar entre os protagonistas para posicioná-los e utilizar suas características distintas. Upgrades e elementos desbloqueáveis, como personagens e vídeos da série, estão inclusos no pacote.

O game é divertido, mas deve ser apreciado com pouca expectativa. Definitivamente parece ser um jogo criado com o multiplayer em mente, afinal, a interação entre jogadores e possíveis improvisações salvam o jogo do marasmo inerente do estilo - o Tower Defense foi criado como diversão rápida e não tem profundidade, ao menos por enquanto, para segurar a jogatina por horas a fio.

A apresentação é bem simples, mas como "South Park" não é um exemplo de beleza e produção luxuosa, não há muito problema nisso. A boa seleção de vídeos e o uso dos dubladores originais da série seguram a atenção e tornam o jogo um produto genuíno da marca.

Fonte: UOL